A CASA

2007

Videoinstalação (5 canais com soundtracks originais)

Diversas durações em Loop | Dimensões variáveis

„A Casa“ se apresenta como um auto-retrato em vídeo. Mas seguindo o tema principal de seu trabalho, a alteridade, Dias & Riedweg se decidiram a multiplicar suas próprias imagens em cada um dos cinco vídeos, de forma que cada imagem apresenta vários Maurícios e vários Walters em situações cotidianas, filmadas em casa. Os vídeos têm duração média de 2 minutos cada e mostram a dupla trabalhando no atelier, atuando em um número musical de piano (Walter Riedweg) e voz (Maurício Dias) na biblioteca, circulando à noite em um longo corredor com 10 misteriosas portas, bem como ocupando o jardim e a própria fachada da casa onde vivem e trabalham. A multiplicação de seus personagens-autores em cada vídeo transfere a tradição artística do auto-retrato para o tema principal da dupla: a alteridade.

Em „A Casa“, „o self“ transforma-se numa soma de vários „outros“ que o compõem. A repetição visual dos personagens-autores subtrai assim qualquer possibilidade de leitura de suas identidades reais. Novamente, os autores nos levam a estar na fronteira dos territórios real e fictício, sem de fato indicar em que território atuam. Através de coreografias ritmadas e  fantasiosas, os vídeos revelam o espaço real da casa, cujo desenho de planta-baixa feito pelos próprios artistas serve de suporte a esta instalação.

Instalações: Kunstmuseum Luzern, Switzerland, 2014; Pinacoteca de São Paulo, Novas Aquisições, 2014; Sicardi Gallery, Houston, USA, 2011; Ecológica, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brazil, 2011; Dias & Riedweg, Galeria Filomena Soares, Lisboa, Portugal, 2009; Galeria Vermelho, São Paulo, Brazil, 2009; Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brazil, 2009; Seja marginal seja herói, Galerie Vallois, Paris, France, 2008; Same Time Else Where, Kunsthalle Oslo, Noruega, 2008; Mimetismes, Extra-City, Antuerp, Belgium, 2008; Miami Basel Art Fair, Galeria Vermelho, Miami, US, 2007

DIAS & RIEDWEG DIZEM: “NÓS CONTAMOS HISTÓRIAS, NÃO FATOS”. A IRONIA NESTA DECLARAÇÃO VAI PARA O CORAÇÃO DE SEU PROJETO COLABORATIVO. AO CONTAR HISTÓRIAS, OS ARTISTAS SE APROXIMAM MAIS DA VERDADE E EXPõEM OS “FATOS” FALSOS DO DISCURSO POLÍTICO DOMINANTE. A BELEZA DA ARTE DE DIAS & RIEDWEG ESTÁ EM SEU COMPROMISSO COM A IDÉIA DE PROCESSO COMO UM MEIO DE MODIFICAR MÚLTIPLOS DIÁLOGOS ENTRE DIVERSOS INDIVÍDUOS E COMUNIDADES, LIMITANDO AS HISTÓRIAS DE PESSOAL, SOCIAL E POLÍTICO DE ESTRAGOS ESTRATÉGICOS.

JOHN HANHARDT, “Lasting impressions”, CATÁLOGO expo DIAS & RIEDWEG, AMERICAS SOCIETY, NOVA YORK, 2009

 O processo

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