JUKSA

2006

Projeto de arte pública e videoinstalação

Duração: 29’40’’ | Dimensões variáveis

Encomendada por Maaretta Jaukkuri para o Lofoten International Art Festival em 2006, esta videoprojeção monocanal tem a duração de 30 minutos. Juksa mostra três momentos distintos da vida de três pessoas, em um período de 33 anos, na pequena ilha de Fugløya, na costa da Noruega, quase no Polo Norte. Dias & Riedweg filmaram Berentine I., Bjorn P. e Hanne T. em maio e junho de 2006 e colecionaram fotos de arquivo da TV norueguesa, feitas com essas mesmas três pessoas em 1973. Desde então, a atividade de Pesca terminou aos poucos e a vídeo retrata o impacto dessa mudança em suas vidas.

Partindo desse contexto específico, imagens de micropaisagens, edição de manipulações de velocidade e sugestões formais de ausência constroem reflexões universais sobre o tempo, sobre o envelhecimento das pessoas e dos lugares - a palavra „Juksa“ na verdade nomeia uma das mais antigas formas de pesca no mundo.

A peça foi exibida pela primeira vez, exclusiva para os participantes, nas areias de Sørfugløya e acompanhada pela canção „The Plaint“ de Henry Purcell (1659-1695) cantada ao vivo à capela por Marianne Schuppe. Essa cena também foi integrada à versão final da peça. Este vídeo ganhou o prêmio principal do Video Brasil em 2007 e recebeu o Werkbeitrag Kunstkredit Basel, na Suíça, também em 2007.

Instalações: Lofoten International Arts Festival, Fugløya and Lofoten Islands, 2006; Mørke Nu, Bodø, Norway, 2006; Kunstkredit Werkjahr 2016, Basel, Switzerland; Jury Prize Video Brasil Festival, Sao Paulo, 2007; Kunstnernes Hus, Oslo, 2008, Norway; Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2009; Bonniers Konsthal, Stockholm, Sweden, 2011; Sorlandets Kunstmuseum Kristiansand, Sweden, 2012; Kunstmuseum Trondheim, 2012, Norway; Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, 2012; Centro de la Fotografia, Mondevideo, Uruguay, 2013; Nikolaj Kunsthal Copenhagen, Denmark, 2013.

Encontros, conversas, tensões, conflitos, confrontos, negociações com pessoas reais: é dessa “matéria-prima” que Mauricio Dias e Walter Riedweg extraem seus numerosos trabalhos desde o início dos anos 90, através da construção de “dispositivos relacionais” intimamente ligados ao contexto em que vão atuar. É uma produção artística em que a interação com o outro não acontece apenas no momento da exposição em museus e galerias, em proposições ao espectador nos espaços de arte, mas é o ponto de partida, o princípio “ativo”, o elemento provocador, aquilo sem o qual as obras não teriam simplesmente condições de existir.

CONSUELO LINS, TEXTO SOBRE DIAS & RIEDWEG PARA O FF DOSSIER DO VIDEO BRASIL, 2008

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